Em todos os países do mundo existe uma grande cidade industrial. Um lugar onde reside o maior trabalho escravo do mundo. Próximos ao centro se localizam as comunidades colonizadas, onde vivem os escravos. A cada manhã, as pessoas andam em bandos por quarteirões, em direção à área industrial. Cada um está em seu posto por volta das 8:00h da manhã. Ali eles se informam com seus chefes sobre os deveres do dia. Então permanecem enclausurados até as 6:00h da tarde, quando são soltos. Eles não tem como escolher quantas horas devem trabalhar – algumas vezes são convocados para trabalhar além do horário, até que o chefe diga quando podem sair.
A cada ano dizem quando podem tirar férias, por quanto tempo e quando devem regressar. Eles têm poucas opções, por exemplo, saber quanto ganharão. A eles, é permitido pouquíssimo tempo para almoçar e para fazer intervalos para o café durante esse período de trabalho. Permanecem em suas celas com muito medo, pois os senhores podem puni-los com o castigo da demissão. Sabe-se que até mesmo alguns escravos bons e leais sentiram a dor deste castigo. Dia após dia, ano após ano, eles trabalham até que o senhor decida que é chegada a hora de parar.
O senhor então os libera e eles vão para os campos de aposentados, onde são forçados a permanecer sentados e inativos, à espera da morte. É fato bem conhecido que os velhos escravos que tentam trabalhar são punidos com o castigo do corte da aposentadoria.
Sei que esses campos de escravos existem de verdade, pois sou um homem livre que vive entre os escravos. Tenho negócio próprio, sou realmente livre. Levanto-me pela manhã chamado por minha agenda. Decido meus horários, posso até dormir até mais tarde, enquanto os escravos estão no trabalho. Posso tirar férias quando, onde e por quanto tempo quiser. Sou livre para tomar meu café e parar para almoçar quando decidir e, claro, eu decido minha folha de pagamentos, porque não sou um escravo. Decido trabalhar quando e onde quiser e com quem eu quiser. Sou livre para ficar na cidade por quanto tempo desejar ou para mudar para o campo, se quiser.
Já vi vários escravos empacotarem seus pertences com tristeza e deixar para procurar um novo senhor. Entretanto, há uma esperança para o escravo. Ele ou ela pode comprar sua própria liberdade. O preço não é alto, ainda que pareça muito para aqueles que não têm coragem de pagá-lo. Qual é o preço?
O preço é: Um desejo ardente de se tornar seu próprio senhor!
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